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Casal de cristãos é espancado na Índia

Casal de cristãos é espancado na Índia

Em matéria de religião, é relativamente difícil para uma pessoa do Ocidente, porção do planeta na qual o cristianismo floresceu, imaginar que há lugares nos quais os cristãos são perseguidos implacavelmente. Mas há. O exemplo mais recente veio da Índia, país majoritariamente hindu. Segundo uma reportagem da ONG Portas Abertas, organização que atua auxiliando os cristãos perseguidos em todo o mundo, um casal de indianos foi violentamente espancado por uma multidão de cerca de cem radicais hindus.  

Usando nomes fictícios, a fim de preservar as identidades das vítimas, a ONG conta que Krishna, um jovem indiano, converteu-se à fé cristã ainda na faculdade, por meio do convívio com um colega cristão. Krishna decidiu então trabalhar para expandir o cristianismo numa região onde o hinduísmo imperava. Assim, junto com sua esposa, Asha, o jovem indiano abriu uma igreja cristã na região onde moravam. O trabalho era eficiente, e muitos indianos passaram a se juntar ao casal.  

A Índia é um dos países que mais perseguem cristãos no mundo. Imagem | ONG Portas Abertas/Reprodução

O crescimento da comunidade cristã, no entanto, atraiu a fúria dos radicais hindus. Em diversas ocasiões, eles invadiram a congregação acusando Krishna e Asha de estarem forçando conversões de hindus ao cristianismo. Infelizmente, a violência não ficou apenas nas palavras, porque os extremistas levaram à força o pastor para fora da igreja e o entregaram a uma multidão de cerca de cem radicais hindus. Ao ver o marido entregue a uma sessão de espancamento, Asha correu para socorrê-lo. A mulher havia feito uma cirurgia e as cicatrizes ainda eram recentes.  

Asha relembra: “Não fazia muito tempo que eu havia feito uma cirurgia no estômago e os pontos não tinham cicatrizado completamente. Os radicais me empurraram e me chutaram perto da área da cirurgia e instantaneamente começou a sangrar. Mas eu vi meus filhos chorando e gritando, e tive de deixar de lado minha dor e cuidar deles e de meu marido”.  

O casal sobreviveu ao ataque. Enquanto estavam hospitalizados, eles foram apoiados pelos parceiros locais da ONG Portas Abertas com assistência médica. E durante a pandemia de covid-19 receberam socorro imediato; e, depois do lockdown, foram ajudados a começar uma pequena loja de tecidos.   


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