Mesmo depois de ter sido protocolado o requerimento de urgência para a votação da anistia na Câmara dos Deputados, novos parlamentares têm manifestado o interesse em assinar o documento.
O deputado Matheus Laiola (PR), da bancada do União Brasil — partido do centrão que integra a base do governo Lula — apresentou um pedido para a inclusão da sua assinatura em apoio à anistia.
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“Nos termos do regimento interno, solicito a inclusão de assinatura ao requerimento de urgência para o Projeto de Lei 2.858/2022 que concede anistia a todos os que tenham participado de manifestações em qualquer território nacional do dia 30 de outubro de 2022 ao dia de entrada em vigor desta lei, de autoria do Deputado Sóstenes Cavalcante”, escreveu o parlamentar no documento apresentado à presidência da Câmara.
A manifestação de Laiola, que é delegado da Polícia Civil no Paraná, é meramente simbólica. Depois da formalização do requerimento de urgência, não é mais possível incluir ou retirar as assinaturas.
Deputado do PL pede inclusão na anistia
O primeiro deputado a pedir a inclusão da sua assinatura na urgência da anistia foi Robinson Faria, do Partido Liberal. O parlamentar, que já foi governador do Rio Grande do Norte, fez a solicitação na terça-feira 15.
Com o posicionamento político de Robinson Faria, só um deputado da bancada do PL não apoia oficialmente a anistia: Antonio Carlos Rodrigues (SP).

Antonio Carlos Rodrigues é um nome do PL que é próximo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Até a manhã desta quarta-feira, 16, o parlamentar não estava na lista de apoiadores.
A coluna No Ponto procurou o deputado federal, indagando-o sobre seu apoio à anistia. Até a publicação, não obteve retorno.
Eleito em 2022, com 73.054 votos, Antonio Carlos Rodrigues, de 64 anos, está no primeiro mandato na Câmara. O parlamentar, contudo, já ocupou uma cadeira no Senado em 2012. Na época, ele assumiu como primeiro suplente, depois da Marta Suplicy, que foi para o governo como ministra da Cultura.
Dois anos depois, Rodrigues deixou o Congresso ao receber convite da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para assumir o Ministério dos Transportes, pasta que ocupou até o impeachment da petista, em 2016.
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