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Paraná privatiza a Copel por R$ 5,2 bilhões

Paraná privatiza a Copel por R$ 5,2 bilhões

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) foi privatizada na terça-feira 8 em leilão na Bolsa de Valores B3. A operação movimentou R$ 5,2 bilhões, incluindo a venda de um lote suplementar.

O Estado do Paraná, que deixou o controle da empresa, fica com R$ 3,2 bilhões, e R$ 2 bilhões vão para o caixa da companhia, destinados a investimentos e ao pagamento de outorgas à União pela renovação de concessões, informou o Valor. O governo paranaense manteve 15,6% da empresa, sendo 27% do capital votante, além de uma “golden share”, ativo que dá ao acionista poder especial de veto.

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As ações foram vendidas a R$ 8,25, um ágio de 5% em relação ao preço de referência estabelecido pela companhia no lançamento da oferta, em 26 de julho, de R$ 7,85 por ação. No pregão de terça, a ação fechou em R$ 8,31.

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A Copel atraiu vários estrangeiros e desde o final da semana passada a demanda já superava os R$ 10 bilhões. A oferta da Copel está entre as maiores já realizadas na B3 nos últimos anos.

De acordo com O Estado de S. Paulo, no lançamento da oferta, a Copel informou a venda inicial de 549 milhões de ações ordinárias (ON, com direito a voto). A distribuição primária de 229,9 milhões levantará recursos para pagar a renovação da concessão de três hidrelétricas, que vencem em dezembro. Já o governo do Paraná vendeu 319 milhões de ações, reduzindo sua participação na empresa.

A venda da Copel é a primeira operação de privatização com oferta de ações em bolsa desde a Eletrobras, em junho do ano passado, que movimentou R$ 34 bilhões. A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) foi privatizada em leilão no final do ano passado e arrematada para a Aegea, única ofertante, por R$ 4,1 bilhões. Antes, tinha tentado fazer uma oferta de ações, mas com a piora do mercado acabou mudando de planos.

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD) anunciou a intenção de privatização em novembro do ano passado, quando enviou projeto à Assembleia Legislativa para viabilizar a venda. A decisão foi tomada depois e um estudo encomendado pelo governo sobre a capitalização da Copel.

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Governador Carlos Massa Ratinho Junior | Foto: Ari Dias/AEN

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