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Simone Tebet, a última a saber

Simone Tebet, a última a saber

Horas antes de o economista Marcio Pochmann ser anunciado como novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, dizia que o governo ainda não havia tratado do assunto e que não falara com o presidente Lula. O IBGE é vinculado à pasta de Simone.

De acordo com a ministra, “seria um desrespeito com um presidente que está no IBGE e tem um ciclo que não se encerrou”. Simone gostaria de manter no comando do instituto o atual chefe interino, Cimar Azeredo. Além disso, o novo nome seria discutido “no momento certo e com a pessoa certa”. As declarações foram em entrevista à GloboNews, na noite de quarta-feira 26.

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Marcio Pochmann, o escolhido para comandar o IBGE | Foto: Divulgação

No mesmo dia, contudo, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, deu como certa a indicação de Pochmann para a presidência do IBGE. “Tenho acompanhado as especulações sobre o IBGE”, disse Pimenta, durante entrevista coletiva. “É o Marcio Porchmann que vai para o IBGE e não tem nenhum ruído sobre isso.”

Petista de carteirinha, Pochmann presidiu a Fundação Perseu Abramo, o Instituto Lula e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), durante o governo Dilma Rousseff. Sua gestão no Ipea foi criticada internamente, por ter supostamente aparelhado o órgão, maquiado dados e atuado de forma ideológica.

Economista que ajudou Simone Tebet criticou Pochmann

A economista Elena Landau, ex-diretora do Programa de Desestatização do governo FHC, durante uma palestra promovida pelo Instituto Ethos, em São Paulo, sobre a economia do país – 25/09/2018 | Foto: Clovis Fabiano/Instituto Ethos

A economista tucana Elena Landau, que ajudou a desenhar o programa de governo de Simone durante as eleições do ano passado, criticou a indicação de Pochmann. Segundo ela, o novo presidente do IBGE não tem competência para ocupar o cargo. “Ele demitiu técnicos da maior qualidade, interferia nas pesquisas, por uma razão puramente ideológica”, disse. “Quem garante que ele não vai fazer isso no IBGE?”



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